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sexta-feira, 8 de novembro de 2013

Motorola Solutions investe em criptografia para avançar com smartphones corporativos

 

:: Ana Paula Lobo
:: Convergência Digital :: 07/11/2013

A Motorola Solutions quer uma fatia do mercado de smartphones no Brasil e na América Latina. E numa estratégia diferenciada - o TC55, smartphone empresarial, com 4G, está sendo lançado primeiro na América Latina do que nos Estados Unidos
 ( lá o terminal chega em janeiro de 2014). Na sua estratégia, a fabricante definiu: "Não vamos disputar o mercado com os smartphones tradicionais. Mas desenhamos um produto para quem precisa de um terminal - um computador de bolso que fala - resistente a ambientes hostis como chuva, fábricas e segurança", informa Miguel Noguerol, vice-presidente corporativo e gerente geral da América Latina e Caribe.

Mais que um terminal resistente à quedas, à água e a incidentes de uso em operações de campo, como os da medição de água, luz e outras, o TC55 investe na criptografia para dar a segurança ao tráfego da Informação. "É uma solução nossa, mas desenvolvida em padrão aberto, e 100% auditável, gratuita para quem adquirir o nosos terminal", explica Paulo Cunha, presidente da Motorola Solutions Brasil. A justificativa se explica: a empresa vislumbra o governo como um potencial usuário do produto. O software de criptografia sendo 100% auditável se integra à nova regra de compras imposta pelo governo Dilma em resposta à espionagem dos Estados Unidos.

A aposta no governo é grande, mas a empresa ficou fora da licitação dos Correios - que prevê comprar mais de 50 mil smartphones. "Tentamos colocar o nosso produto, mas eles preferiram os smartphones tradicionais", explica Noguerol. Além da criptografia, o TC55 - que tem custo estimado em US$ 1300, mas podendo baixar em razão do volume - tem ainda embutido scanner, para leitura de código de barra, e NFC, para pagamentos móveis. 

"Grandes empresas sabem que o BYOD é uma realidade e tentam atender a pressão dos seus usuários, buscando soluções que protejam as aplicações integradas a sistemas legados. Nosso portal de desenvolvimento já conta com mais de 45 aplicativos portados, entre eles, ERPs, e toda a plataforma de desenvolvimento é open source para que a empresa faça as suas adaptações conforme o negócio", salienta Noguerol. 

A escolha pelo Android, com a versão Jelly Bean, acontece por ser o sistema operacional mais usado do mercado - 79%. A segurança volta como diferencial. "Sabemos que os malwares estão se voltando para o Android. A criptografia nos ajuda a barrar a ação dos malwares", diz Lobsang Rodriguez, vice-presidente de marketing e produtos da Motorola Solutions. 


Com relação ao custo do terminal - acima do smartphone tradicional - o executivo diz que o gestor de TI busca o retorno de investimento na mobilidade. No caso do aparelho da Motorola, ele vem pela promessa da longa durabilidade." O terminal foi feito para durar entre três e cinco anos. Nossa garantia de fábrica é de dois anos. Nossa bateria foi desenhada para durar 12 horas com grande uso. Ela pode durar até dois dias. Isso não há em nenhum outro smarpthone de mercado. Para as empresas, isso será um diferencial", acrescentou Rodriguez. 

O TC55 está em fase final de habilitação na Anatel e as operadoras vão, sim, ser procuradas pela Motorola Solutions para atuarem como integradoras. "As teles são um canal relevante. O smarpthone tem wi-fi, 3g e 4G na frequência brasileira", explica Paulo Cunha. No momento, informa ainda o executivo, não há planos para a fabricação local do smarpthone, mesmo com o possível uso da lei de desoneração. Planos futuros dependerão do volume de vendas. A fabricante também não quis dar expectativas de vendas. "É um lançamento mundial. Um produto 100% empresarial". 


Fonte::: Ana Paula Lobo :: Convergência Digital :: 07/11/2013

quinta-feira, 7 de novembro de 2013

ARTIGO - DOCUMENTOS SEM PAPEL. Por Renato Martini


RENATO MARTINI
Pouco a pouco as pessoas começam a se dar conta que um documento eletrôniconão é em absoluto um documento digitalizado. 

O último caso é, por exemplo, o magistral trabalho da Hemeroteca de nossa Biblioteca Nacional. Trata-se digitalização do acervo jornalístico do país.  Ou seja: trata-se de um legado outrora gerado em papel e que agora o geramos em forma digital, — o que é infinitamente melhor para o pesquisador-usuário e para a conservação deste patrimônio histórico-cultural, evitando o seu acesso direto. Ressalte-se a aplicação da técnica de OCR (Optical Character Recognition)¹ a este acervo ele possibilita um acesso mais qualificado ao acervo e pesquisas acuradas.

De forma muito objetiva: pode-se procurar por uma palavra qualquer, uma expressão, em todos os jornais da Corte no século XIX.

Um documento eletrônico nasce digitalmente e realiza todo seu ciclo de vida desta forma, se impresso, por algum razão, o impresso a bem da verdade é cópia, o original é o digital. O legado que a sociedade produziu nasceu com suporte em papel, a digitalização é cópia deste documento físico, e seu descarte — ainda que todas as técnicas possam ajudar neste processo — ainda é um "tabu", e de difícil superação a curto prazo. Todas mudanças são difíceis, não tenhamos ilusão, e o uso do papel é milenar. A escrita em si é uma "tecnologia da inteligência", para usar uma expressão de Pierre Lévy, a impressão de Gutemberg e também a máquina de escrever igualmente, e nenhuma delas desumanizou o homem. Como disse sutilmente Richard Sennett: "technique has a bad name; it can seem soulless"².

Fato irrecusável que nossa sociedade já produz gicantesca quantidade de documentos que nascem digitalmente. Fiquemos por hora com exemplo da Nota Fiscal Eletrônica (NFe), já validamos e autorizamos 7.5 Bilhões de NFes. Passados digamos uns 100 anos, será parcela da memória econômica de nosso país nestes documentos eletrônicos, assinados digitalmente. O mesmo se passa com o sistema para recolhimento e declaração do FGTS, o chamado "Conectividade Social", que também se insere em nossa memória econômico-social. As escolhas tecnológicas de hoje decidirão no futuro as condições de legibilidade e acesso a este acervo. O XML como padrão e formato tem sido a decisão mais adequada (que é uma tendência global e não somente local). Além de ser um documento em "texto-puro", como qualquer linguagem de "marcação", e é tremendamente interoperável, aderente a Web. Igualmente poderosa ferramenta de intercâmbio de dados. Por isso o Governo Federal, em seus padrões de interoperabilidade assevera:

"Serão considerados preferenciais aqueles tipos de arquivo que têm como padrão de representação o formato XML, de forma a facilitar a interoperabilidade entre os serviços de governo eletrônico."³

Assim, é o formato de nossas NFes e também a comunicação eletrônica do Fundo de Garantia brasileiro segue o padrão XML Manifest. Ele descreve o conteúdo do pacote ".zip" enviado, especificando como o conteúdo é mapeado numa estrutura de diretório e de informação. Outro aspecto importante é que ele deve ser agnóstico ao estabelecer os metadados do pacote, isto é, neutro quanto a linguagem e o sistema operacional, o que garantirá longevidade ao documento e sua informação. O esquema XML manifest é largamente utilizado pelos SOs atuais , como o MS Windows. Também no mundo da mobilidade, como o Android, aí toda a aplicação do SO Android deve ter na sua raiz um arquivo "manifest.xml".

The Craftsman. New York: Allen Lane, 2008, p. 149. [↩]

Renato Martini é diretor-presidente do Instituto Nacional de Tecnologia da Informação – ITI e Secretário Executivo do Comitê Gestor da Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira CG ICP-Brasil, é também membro titular do Comitê de Segurança da Informação do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República, do Comitê Gestor do Registro de Identidade Civil e do Comitê Gestor da Internet do Brasil – CGIbr, na condição de representante da Casa Civil da Presidência da República. Completou o seu doutorado, em 1998, na Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, tendo como áreas de especialização a Filosofia da Ciência e a Lógica

Fonte : ITI